Cada vez mais o professor tem acesso a documentos para trabalhar com seus alunos em sala de aula. Com a era da Internet temos acesso a centenas ou talvez milhares de documentos de praticamente todos os períodos históricos, simplesmente ao alcance do mouse. Podemos, por exemplo, falar do descobrimento do Brasil usando fragmentos da carta do Pero Vaz de Caminha, ou falar da religião egípcia lendo um livro religioso escrito por eles. A cada ano amplia-se mais não somente os documentos que são digitalizados e divulgados, mas também as suas traduções ao português.
A formação antiga dos professores de história não tinha como foco o trabalho com documentos, de modo que às vezes pode assustar um pouco ao professor despreparado a utilização de documentos em sala de aula. Para esses sugerimos que comecem com documentos mais próximos da linguagem dos alunos, por exemplo analisando quadrinhos de época, ou cartazes, propagandas de guerra, músicas, entre outros. A semelhança de linguagem auxilia o aluno a compreender a idéia (por exemplo, na 2a Guerra Mundial temos centenas de cartazes semelhantes a posters atuais, ou ainda, se formos pensar no "Livro dos Mortos" egípcio, a lógica do mesmo é muito semelhante à dos quadrinhos atuais, onde o mesmo personagem aparece várias vezes no mesmo papiro.
Cada professor deve pensar em roteiros que sejam adequados aos seus alunos e aos seus objetivos, mas em vias de regra é importante levar em conta ao estudar um documento:
A - Quem o produziu
B - Quando foi produzido
C - Onde foi produzido
D - Em que contexto foi produzido (o que estava acontecendo naquele lugar naquela época)
E - Para quem foi produzido
Somente então, isolar elementos no documento que tentem buscar o mais importante
F - Quais as idéias e intenções presentes no documento podem ser percebidas